PRODUTORA BATUTA FILMES RODA SEU PRIMEIRO LONGA-METRAGEM

Data: 05/04/2019 Autor: Leonel Araujo Categoria: Notícia

O filme “A Fera na Selva” traz como protagonistas os atores Paulo Betti e Eliane Giardini

A produtora Batuta Filmes, do interior paulista, associada à ABPITV, acaba de produzir seu primeiro longa-metragem “A Fera na Selva”, em parceria com a produtora carioca Prole de Adão. O filme é uma adaptação cinematográfica da obra do escritor americano, naturalizado britânico, Henry James, e é dirigido pelo ator Paulo Betti, que também é protagonista ao lado da atriz Eliane Giardini. As filmagens aconteceram durante o mês de setembro, no interior de São Paulo.

A essência do filme toca numa questão vital, que geralmente tende a ser ignorada: o tempo presente. Basicamente, é uma história de amor incompreendida, já que o protagonista passa a vida esperando por algum acontecimento extraordinário, que justificará sua existência, sem conseguir enxergar os sinais e o poder avassalador de algo que poderia realmente ter transformado sua vida, mas que acabou ficando em segundo plano, como uma fera à espreita na selva.    

A adaptação e produção do longa exigiu uma sensibilidade semelhante, por exemplo, àquela encontrada nos filmes do diretor icônico norte-americano Woody Allen, que costuma transformar o cinema numa fabulosa sala de terapia. O conflito central da trama é o ser humano, e as mazelas da nossa existência. Sendo assim, a produção de “A Fera na Selva” poderá ser mais um degrau escalado para a ascensão do cinema brasileiro.

O interessante é que Paulo e Eliane já viveram essa história de Henry James no teatro, quando ainda eram casados. Vinte e cinco anos depois eles voltaram a contracenar juntos a mesma trama, dessa vez compartilhando sets de cinema.

E além de reviverem personagens que, na época, foram adaptados para o teatro, e voltarem a atuar juntos, mostrando ser possível manter uma relação saudável entre ex-marido e mulher, eles ainda tiveram a oportunidade de trabalhar em locais que fizeram parte da história de vida de ambos. O longa foi filmado na cidade de Sorocaba, interior paulista, onde Paulo e Eliane cresceram, e também em Salto, Votorantim e Iperó.

Traços europeus
Apesar de ser um projeto de baixo orçamento, tanto as locações ajudaram a enriquecer a fotografia do longa quanto à direção de arte, acrescentando aí o olhar experiente de dois grandes profissionais, o renomado diretor de fotografia, Lauro Escorel (que já participou de filmes de Hollywood) e o talentoso e premiado diretor de arte, Ronald Teixeira.  

Por se tratar de uma história escrita por um norte-americano naturalizado britânico, foi preciso preservar alguns traços europeus na plástica do filme, algo que as locações contribuíram significativamente. “Eu fique encantado com Sorocaba porque através da direção de arte eu pude reconstruir uma cidade com sinalizações europeias fabulosas nas suas edificações. O próprio Ceunsp lembra bastante centros universitários da Europa”, conta Ronald Teixeira, que se inspirou nas pinturas do americano Edward Hopper para criar a paleta de cores do filme. “A tonalidade do céu, no  início de primavera, com tons cerâmicos foi exatamente o que encontrei em Hopper como fonte inspiradora, assim como a atmosfera dos protagonistas”, explica.   

Educação x Cultura
Para o produtor, sócio-proprietário da Batuta Filmes e também produtor executivo de “A Fera na Selva”, Gilberg Antunes, a experiência de produzir seu primeiro longa-metragem foi incomparável. “Produzir cultura no Brasil não é fácil, mas quando todos os processos vão dando certo e o desenho que planejamos começa a ganhar forma é muito gratificante”. Segundo ele, soma-se ao sucesso dessa primeira fase do filme a feliz união de dois importantes fatores: educação e cultura.

“Fizemos uma parceria com o Ceunsp onde os alunos do curso de cinema puderam vivenciar na prática o que é um set de filmagem. Essa troca de experiências entre profissionais e universitários gerou uma sinergia muito positiva nos bastidores, que deverá se refletir no filme”, garante Gilberg.

  Paulo Betti concorda e diz que está muito feliz e orgulhoso com o resultado das filmagens. “Tudo transcorreu num clima de harmonia, graças a Deus não houve acidentes, tendo em vista que eram mais de 100 pessoas e alguns lugares perigosos. Conseguimos fechar todos os planos previstos, houve muita colaboração e participação nas filmagens e acho que o filme vai ficar muito bonito”, aposta ele e aproveita para agradecer a todos os envolvidos no projeto.  

O filme segue para a etapa de montagem e a previsão é de que seja lançado no final do primeiro semestre de 2016.

A Batuta Filmes já havia produzido neste ano uma série para o SBT - um quadro exibido dentro do programa do Ratinho, chamado “Eu Conto a História, com Moacyr Franco”. A série teve direção e roteiro de Guto Franco, ex-diretor da Rede Globo e co-criador das séries de humor “Ô Coitado” e “O Cunhado”, esta última com Ronald Golias e Moacyr Franco. 

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